sexta-feira, 10 de junho de 2011

Reflexão: leia este relato e reflita um pouco sobre o Brasil.

Leia abaixo o relato de um amigo que me deixou no Facebook..Não fiquei espantado na hora mais depois e refleti muito sobre o assunto.

Hum tempo atrás postei sobre o Estados Unidos em Invadir o afgnistão para Buscar o Bim Laden sem permissão do Governo local ou da ONU e citei que ele fará isso a qualquer momento quando tiver necessidade de um produto como agua, dei como exemplo, veja o relato desde funcionário público em Roraima mais próxima da Colômbia..

Toda  Guerra sempre começa quando a interesse de alguém..ou de algo agora inacleditavel é os Brasileiros não poderem passar na colónia indigna e os Norte Americanos e Francês ter Bandeiras.

  

LEIA COM ATENÇÃO!!
INTERESSANTE, IMPRESSIONANTE E PREOCUPANTE

.por Mauro Dellal, segunda, 6 de junho de 2011 às 22:48.RELATO DE UM DOUTORANDO

Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece.

As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.

Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.

Para começar o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense, pra falar a verdade, acho que a proporção é de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto falta uma identidade com a terra.

Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro.. Se não for funcionário público a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.

Não existe indústria de qualquer tipo.. Pouco mais de 70% do Território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

(Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.

Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

Detalhe: Americanos entram na hora que quiserem, se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerds com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas

japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...

Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: E os americanos vão acabar tomando a Amazônia e em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:

'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.

A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivos de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem Estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). .. Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.

Pergunto inocentemente às pessoas; porque os americanos querem tanto proteger os índios. A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animais e vegetais, da abundância de água são extremamente ricas em ouro encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO..

Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa. É pessoal,... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.

Será que podemos fazer alguma coisa???

Acho que sim.

Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.

Mara Silvia Alexandre Costa Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP

Opinião pessoal:

Gostaria que você, especialmente que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.

Afinal foi um momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a fim de antecipar a próxima guerra. Conto com sua participação, no envio deste e-mail.

Celso Luiz Borges de Oliveira Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Cotas para concursos publicos até onde iremos e pensamento verde!

Bom dia Galera do pensamento, não era levantar polêmica sobre racismo, negro, pardo, mesmo porque não é a inclinação do grupo, as diferenças existem e são gritantes e sempre vai existir, o meu ponto de vista é bem claro, á forma em que a humanidade caminha iremos chegar a um beco sem saída , quando você começa abrir exceções, mais exceções, você sempre ira fazer mais e mais, e ai... e quem paga somos nós.. Todos de alguma forma temos algum tipo de problemas seja cultural, financeiro, saúde, educacional, físicos, psicológicos, cor, altura, peso, e por ai vai... e com isso aparece os aproveitadores que usam isso como fonte de especulação, demonstrar para o mundo que o Brasil é um país de primeiro mundo, estamos muitos mais preparados que os atuais políticos que estão ali ou só conseguiram por ter dinheiro, ou foi favorecida  por um grupo da sociedade,  e a camada da sociedade que não tenho vinculo algum e nem está organizado perde, a parte da sociedade menos favorecida e menos esclarecida com menos educação ou por vezes foi excluída da educação que não tem uma visão esclarecida de seu direito É o pobre no Brasil, a mistura é tão grande que não existe isso de racismo, parabéns para esta informação do Axikerzus Sahjaza ajudou a descansar mais meus pensamentos, é por isso que estamos unidos em uma bandeira sobre o verde e meio ambiente, unidade é o que falta para o Brasil, vimos com a caída do Pallocci que nem na política á mais companheirismo nos partidos, aliais nunca ouve, mais sim interesses de grupos organizados, veja o que estamos passando com o código ambiental iremos acabar perdendo uma parte da Amazônia que por anos esteve intacta e tivemos orgulho de ter sempre em nosso pais e hoje não conseguimos corrigir as diferenças dela com a distancia das cidades desenvolvidas, como usar critérios tão diferentes em regiões tão desiguais só com um simples decreto, e ai você acha que isso ira resolver os problemas dos ribeirinhas dos amazonenses e suas dificuldades de saúde, trabalho escravo, ate hoje temos trabalho escravo, estão morrendo ambientalista que ainda estão por defender amazonas ou florestas, violencia-na-amazonia-seguranca-para todos tema que esta no jornal de Rondônia,( Ministra dos Direitos Humanos diz que segurança para todos é ‘ilusão’)( A manchete do Jornal o Globo desta Quarta(01) revelou porque se (Mata com tanta liberdade na Amazônia, notadamente os defensores do meio-ambiente e trabalhadores do campo) J e ai vem alguém abre cotas, ainda uma cidade que se sede das olimpíadas, que há pouco tempo não havia nenhum tipo de segurança, Barack Obama, quando foi ao RIO era o único que tinha mascara de gás embaixo de sua cadeira, ele foi senador nasceu no Hawai e nunca se beneficiou se de cotas, também irão querer cotas os gays, lésbicas, gordos, aliais existem empresas que em seu questionário de perguntas querem saber o seu peso, quando isso acontece ninguém cria cotas para o gordo, eu sei de casos de gordos que não estão conseguindo mais empregos devido ao seu peso, e ai vamos criar cotas porque não se consegue mais emprego em empresas privadas... Tenho certeza que temos dar direitos a todos e tem que haver correções, mais desta forma só criamos mais  bolsa família e não ensinamos a pescar...quando alguém for para um concurso publico no RIO já vai se sentindo derrotado por 20% de cotas para negros, 20% de cotas para deficientes 20% de cotas para indígenas e mais 100 mil pessoas (comuns) desempregados, disputando talvez 6 vagas...    

terça-feira, 7 de junho de 2011

Cotas para concursos publicos até onde iremos!

Um dia de gordo!

Boa tarde galera, sempre levei a minha vida de acordo com os princípios que me foi ensinado de moralidade de solidariedade de defender o mais fraco, de sair em causas que entendo como necessário. 

Ultimamente a classe gay  tem levado uma vantagem enorme em seus movimentos, será porque a classe que esta mais unida ultimamente e descobriu que pode fazer movimentos que impressiona a política,  eu nunca senti inveja, ciume ou vontade em ter algo ou de alguém, mais últimamente.

Parabéns a este movimento e seus articuladores os gays, o meu bolso não paga quem por vezes não sentiu em ter algo e não pode adquirir. Outro dia fui a loja comprar uma calça, uma camisa, uma blusa ai veio a  minha  indignação, não tinha meu numero 62 ,. sabe porque sou gordo. 

Não tenho nenhuma corrente de amigos gordos que levantam a bandeira sobre os gordos, o problema que a sociedade prefere e trata a minha gordura como doença porque eu como muito será!, pode isso! será que por ser gordo é em especial, será que há mais números de gays que gordos ou eles estão mais organizados ou estão em lugares extrategicos como diretor de televisão, na costura, executivos, até na assembleia..

Temos que começar a vigiar nossos valores em questão de humanidade, quem esta com direitos e que direitos você tem que defender e quando não esta extrapolando os movimento para uma maioria ou minoria todos são iguais perante a lei  quando nascemos sem distensão de sexo, cor, raça ou crença.

Mais quando vou a uma loja e não acho um numero do meu tamanho só vai até o numero 52 vejo que há uma tendência só para magros, fui em uma loja comprar uma camisa uma Ralphy Lauren Polo não tinha  meu número, andei em varias outras lojas e desisti, depois fui comprar uma lacoste, Tommy Ralph, Luigi Bertolli, e as marcas de surfes estas então nem se fala,   outras marcas que estão no mercado não existe para gordos, os cortes de roupa já são cortes retos que inibi o vestimento.

Galera na faculdade que eu faço não tem assentos ou cadeiras para gordos. e ai tenho que ir e me virar...

Acho que o Ministério Público tem que começar averiguar este procedimentos com estas marcas é uma tendência em não fazer roupas para gordos, já que estão ai no mercado ofertando só para um distinto público. 

Será que o gordo não tem o direito a usar uma boa marca ou se vestir na moda, ele tem que ficar com as cores cinzas, marrons, ou cores bege que sobra nos estoques, o número que eu estou falando nem é tão gordo assim, estamos falando no máximo de 140 quilos, hoje a tendência é par 80quilos no máximo a vestir uma pessoa, o Brasil com tantas misturas,  fica difícil ter um padrão, mais sim tem que ter uma oferta para cada tipo de pessoa, se hoje temos que respeitar o gays, porque não respeitar cada ser humano com suas diferenças..

Mais sabe porque não se encontra roupas nas prateleiras para gordo, porque toma mais espaço, usa-se  mais pano, mão de obra e transporte, então é mais facil fazer uma campanha para emagrecer,  porque assim você vende mais remedios,  que produzir para esta camada da sociedade..

Outro dia uma colega de classe me perguntou porque voce não opera, hum pensei para responder e não ser grosseiro, fui o mais sutíl possível, eu me sinto bem do jeito que nasci, não tenho pressão alta, não tenho diabete, nem colesterol, talvez no futuro mais neste momento não..   

Não tenho nada contra a classe gay, mais estou sentindo uma tendencia da midia, jornal e politica para estes movimentos até então deixado de lado por anos, mais temos que respeitar cada ser deste planeta como ele seja humano, animal, vegetal,  flora.

Entenda não estou dizendo que temos que ser gordos ou nos mantermos gordos, mais sim á pratica das lojas, comercio e industria tem que mudar, tem que respeitar nossos limites o nosso direito..,




 

"Um dia o homem, enchergará a vida tão clara quanto a agua que bebemos!
  Assim viveremos em harmonia" (Uilian)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Reflexão


Não concordo com o posicionamento da jornalista mais tem que dar a mão a palmatoria que não conhecemos profundamente e Amazónia, talves faltou estimulo, dinheiro e educação, e os amigos dela tenha isso, por viver fora, mais tenho certeza que amo tanto o meu Brasil e sou tão patriota que não preciso viajar o mundo para dizer quanto é importante e belo meu país e a Amazónia, não preciso ler e-mails que posso fazer me mobilizar.talves me falte encorajamento, ou alguém acredite em você.

 Um amigo me procurou tempos atrás porque queria usar suas férias para conhecer a Amazónia. Não as capitais, nem os hotéis engana-turistas, com seus macacos amestrados, pesca de piranhas e índios contratados para fazer dancinhas. Mas a floresta – e o povo da floresta. Expliquei a ele que não existe uma Amazônia, mas muitas, e que uma vida não basta para conhecê-las. Mas, se ele quisesse ter um contato real, precisaria sair do turismo previsível e se entregar à experiência. Meu amigo foi, então, para a reserva de Mamirauá, no estado do Amazonas, e, depois, comprou uma rede e embarcou num barco de linha pelo rio Solimões. A única parte previsível da viagem é que ele voltaria apaixonado – transformado e transtornado. E foi o que aconteceu. Meu amigo agora é um brasileiro com uma memória amazônica dentro dele, que o sobressalta a cada (má) notícia anunciada pelos jornais de São Paulo, onde vive.
A experiência do meu amigo me ajudou a compreender por que boa parte dos brasileiros pouco se importa com a Amazônia. Se você perguntar para qualquer pessoa na rua ou numa festa de família, ela vai enfaticamente dizer que a Amazônia é nossa, é o pulmão do mundo, é importantíssima. Mas, na prática, vai testemunhando a devastação da floresta pelo noticiário enquanto toma um pingado ou uma cerveja. Porque a Amazônia, para a maioria, não passa de uma abstração.
Uma floresta meio mitológica e longe, muito longe – não digo distante como Marte, mas muito mais distante do que Miami, Cancun ou mesmo o deserto do Atacama ou a Patagônia, destino dos que se consideram um pouco mais aventureiros. Até porque a Amazônia real exige força de espírito, uma entrega ao incontrolável da vida. A relação me lembra da inauguração do Animal Kingdom (Reino Animal), parque temático da Disney, nos anos 90, em que as crianças presentes ficaram profundamente entediadas porque os leões de verdade não falavam com elas nem faziam show aeróbicos, mais preocupados eles mesmos em dormir de tédio naquela selva de mentira.
Em Mamirauá, meu amigo era o único brasileiro do grupo. Havia dois britânicos, dois australianos e um austríaco. Nenhum deles fazia o tipo Indiana Jones. Meu amigo é roteirista de TV, dois dos visitantes eram do mercado financeiro e mexiam com a Bolsa, uma mulher estava estudando mandarim porque seu banco a mandaria para a China no mês seguinte, outra era publicitária, e o austríaco era um aposentado que cuidava da mulher doente havia duas décadas e uma vez por ano tirava férias e saía pelo mundo. Todos eles conheciam o Brasil – não o país turístico, mas um bem mais interessante – melhor do que o meu amigo, o que o deixou primeiro chocado, depois envergonhado. Deram-lhe dúzias de dicas preciosas sobre lugares pouco badalados. E não, não estavam atrás da biodiversidade brasileira. Queriam apenas conhecer o Brasil profundo e voltar para a rotina de suas vidas em seus países de origem com experiências – e não apenas com fotografias.
Fico me perguntando: por que a discussão do novo Código Florestal não mobiliza multidões em vez dos mesmos de sempre? Ou por que o povo não protesta pela aprovação açodada da usina de Belo Monte, concedida pelo Ibama neste início de junho mesmo sem que o consórcio tenha cumprido todas as exigências, num processo claramente atropelado desde o início? Tão atropelado que já gerou no passado o pedido de demissão do responsável pelo licenciamento no Ibama, que saiu denunciando que não suportava mais a pressão.
Está em curso a aprovação de um Código Florestal que contraria o bom senso ao anistiar desmatadores, entre outras liberalidades, e que representa um retrocesso na política ambiental do país em um momento crucial para o Brasil. Isso dito não por mim – mas por gente que dedicou a vida a estudar o tema. E ninguém faz passeata nas capitais.
A bacia do Xingu, onde o governo quer construir a usina de Belo Monte, é a moradia de 28 etnias indígenas, 440 espécies de aves, 259 de mamíferos e 387 de peixes. A obra vai deslocar pelo menos 20 mil pessoas de suas casas e outras 100 mil poderão migrar para uma região conhecida pelos conflitos de terra. O lago ocupará uma área equivalente a um terço da cidade de São Paulo. Como afirma Marina Silva em artigo, a previsão é de que algo em torno de 210 milhões de metros cúbicos, só um pouco menos que o volume subtraído para a construção do Canal do Panamá, seja retirado para a escavação dos canais. Sem contar a duvidosa viabilidade econômica do megaprojeto tocado pelo consórcio Norte Energia, que já sofreu várias desistências. Nem se sabe direito quanto a obra vai custar, já que os cálculos mudam a todo momento. Seja você contra ou a favor ou mesmo sem opinião formada, há de concordar que uma obra desta proporção, que vai alterar todo o ecossistema de uma região vital para o país e para o planeta, não pode ser construída sem cuidados rigorosos e respostas claras.
E isso tudo se desenrola numa época em que a implantação de grandes obras como hidrelétricas na Amazônia são questionadas como solução para o problema da energia no país por gente respeitável. Mas, cada vez que alguém ousa ter uma opinião dissonante ou fazer perguntas perfeitamente lógicas, imediatamente é “acusado” de ambientalista radical. Quando não culpado pelo déficit energético do país, como se a única alternativa fosse destruir o meio ambiente em prol do desenvolvimento. É complicado mesmo conciliar a geração de energia com a preservação ambiental, mas não há escolha nesse momento histórico – e chegamos a esse impasse porque demoramos a acordar (se é que acordamos). É para encontrar soluções responsáveis que tanta gente estuda e tanto dinheiro público é gasto. Se fosse fácil, qualquer um faria.
Belo Monte, por exemplo, é anunciada há uns 20 anos. E sempre que foi anunciada colaborou para acirrar os conflitos de terra na região de Altamira, no Pará. Onde já vive uma parcela considerável dos abandonados da Transamazônica e dos projetos megalômanos de ocupação da floresta promovidos pela ditadura militar. No Avança Brasil, de Fernando Henrique Cardoso, a retomada de Belo Monte estava prevista, e o mero anúncio triplicou a população da miserável Anapu, multiplicando os conflitos de terra na região. Não foi por obra do acaso que a missionária Dorothy Stang foi assassinada em Anapu. Mas a relação entre uma coisa e outra em geral é convenientemente esquecida.
Parece que a maioria pouco se importa, de fato, com o destino da Amazônia. Exceto os que vêm lutando e morrendo por ela, como aconteceu com quatro brasileiros entre 24 e 28 de maio – José Cláudio Ribeiro da Silva, Maria do Espírito Santo da Silva, Adelino Ramos e Eremilton Pereira dos Santos. Agora, se alguém lançar um SPAM na internet dizendo que “gringos” e “ONGs” americanas estão invadindo a Amazônia, aí o povo grita. Multiplicam-se os discursos ufanistas. Porque, afinal, a “Amazônia é nossa”. Pelo jeito, tão nossa que podemos acabar com ela. Gritar é fácil, pensar e se comprometer dá mais trabalho.
Tive o privilégio, por ser repórter e me interessar pela região, de conhecer várias Amazônias. Tenho uma vida simples e todo o dinheiro que me sobra, quando sobra, uso para conhecer o mundo da forma mais barata possível – e conheço menos do que gostaria, mas mais do que a maioria. Posso afirmar, sem hesitação, que o lugar mais belo que conheci em toda a minha vida, até hoje, foi a Amazônia – a parte ainda salva dela. Acho que, em algum momento do ensino médio ou fundamental, todos os estudantes deveriam conhecer uma parte da floresta, para se apropriar dela no coração, desde cedo, como o meu amigo que partiu de férias para Mamirauá e navegou pelo Solimões ao sabor das histórias do povo da floresta. Aí, sim, poderíamos dizer que a Amazônia é nossa.
Por enquanto, o descaso real com que acompanhamos o noticiário mostra que a Amazônia é apenas uma posse no imaginário da população. Mas não há uma apropriação real, concreta, que se traduza em preocupação e em cuidado com aquilo que se ama. Porque a floresta é apenas uma abstração para boa parte dos brasileiros.
Não, não são os gringos que estão dilapidando a Amazônia. Se a culpa fosse deles, seria bem mais fácil. Somos nós mesmos. E estamos à beira de sermos coniventes com mais dois golpes de morte – o novo Código Florestal e a aprovação descuidada da usina de Belo Monte.

(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Deputados que disserão sim e não e foram a favor e os contra a sua aprovação

54a. LEGISLATURA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA Nº 123 - 24/05/2011
Abertura da sessão: 24/05/2011 20:01
Encerramento da sessão: 25/05/2011 00:10
Proposição: PL Nº 1876/1999 - EMENDA SUBSTITUTIVA GLOBAL DE PLENÁRIO Nº 186 - Nominal Eletrônica
Início da votação: 24/05/2011 20:52
Encerramento da votação: 24/05/2011 21:09