terça-feira, 28 de junho de 2011

Usina nuclear é isso que queremos!

Galerinha estamos a beira de um abismo com o colapso nuclear de Fukishima, e no Brasil se continua a investir em energia nuclear iremos pagar a conta duas vezes uma agora com o nosso dinheiro suado e outro quando tivermos vazamento de radiação..

Lá se vão mais R$ 200 milhões do dinheiro público brasileiro para uma empreitada perigosa e cara. A Eletronuclear anunciou neste segunda-feira ter recebido do BNDES o valor como parcela do financiamento de Angra 3, ou o equivalente a pouco mais de 3% dos 6,1 bilhões de reais que o banco dará para a obra.

Angra 3 está orçada em cerca de 10 bilhões de reais, 75% dos quais a serem bancados pelo Brasil. O consumidor brasileiro é quem vem investindo pesado no programa nuclear brasileiro: gorda fatia desta dívida - 890 milhões – virá da Reserva Global de Reversão (RGR), tarifa paga todo mês na nossa conta de luz.

A outra parte do investimento, mais de 3 bilhões, será estrangeiro e virá de um consórcio de bancos liderado pelo francês Société Générale. É aí que a história que cheirava mal, começa a feder.

O crédito para que estes bancos façam o investimento de risco vem de uma agência alemã, a Hermes. O detalhe é que a Alemanha, antiga parceira no projeto nuclear brasileiro, abandonou a energia nuclear no país, garantindo que até 2022 não haverá mais usina em funcionamento em seu território.

O Greenpeace levou seus ativistas para a porta da embaixada alemã em Brasília pedindo coerência do governo: se nuclear é ruim para a Alemanha, também é para o Brasil. O apelo era pelo fim do crédito internacional para Angra 3.

Também estivemos na porta do BNDES, exigindo o fim dos investimentos na insegurança do país. A resposta do banco foi negativa: em carta, garantiram que vão continuar a empreitada nuclear, custe o que custar.

E custar, pelo visto, vai. E muito.

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